quarta-feira, 19 de março de 2008

Mudando de assunto

A gente sempre começa falando das reuniões semanais. Contando os planos e decisões tomadas para o nosso negócio. Porém, hoje, vamos mudar o foco. O nosso dia-a-dia de trabalho revela a correria que é para montar uma empresa. Mal começa o dia e já tenho vários e-mails na minha caixa, sobre a InBrasil. Isto porque meu dia, profissionalmente, começa às 8h00 da manhã. Apesar de que, se dependesse do Ciro, nem que eu começasse às 7h00! É isso mesmo: temos e-mails dele enviado às 6h23 da manhã.

Já comentamos sobre a qualidade do Ciro de multiplicar as horas. Mas, na realidade, não tem nenhuma mágica nisso. Talvez um pouco de planejamento e otimização do tempo, mas, de resto, é ralação mesmo. Como trabalhamos em empresas diferentes, nosso principal meio de comunicação é o correio eletrônico. São, em média, 30 e-mails por dia, dos mais variados assuntos. Layout do site e detalhes de proposta são apenas alguns exemplos.

Quando os e-mails não dão conta, nos encontramos pessoalmente. Neste sábado, eu e o Luigi dispensamos namoradas, família e passeios, para acertarmos o site. Tínhamos previsto duas semanas para terminar, mas confesso que o cronograma irá passar um pouco. Quando precisamos passar um prazo, temos que contar com serviços paralelos que irão aparecer, problemas técnicos, entre outros. Mas o que seriam das metas se elas fossem fáceis? Em “Toyota - A Fórmula da Inovação”, o autor comenta sobre a necessidade de metas audaciosas. Além de motivar a equipe, por ser um desafio, ela obriga a inovação. Estimula o uso de técnicas mais enxutas que realmente tenham impacto nos resultados.

Por exemplo: temos um processo que produz 50 peças em 10 minutos e que resulta em 2.400 peças por dia. O chefe resolve fazer sua equipe suar, aumentando a meta para 2.500 peças. Podemos simplesmente aumentar nossa carga horária em mais 20 minutos e atingimos nossa meta. Mas isto não é o ideal. O custo para a produção aumenta na mesma proporção ou mais. Porém, se aumentarmos as metas em 3.000, não será possível passar a noite na fábrica. Seremos obrigados a melhorar nosso processo. Ou seja, produzir de uma maneira mais inteligente, que traga esse resultado.

Obviamente que precisaremos de tempo para pensar e conhecimento para melhorar o processo. Metas altas sem alteração de processo só servem para desestimular, pois são vistas como impossíveis, desanimando totalmente a equipe.

Como nosso tempo é pouco, temos melhorado alguns processos técnicos e customizado nossa comunicação. O que trará benefícios quando tivermos tempo integral?

Estamos trabalhando forte na área política. Queremos aproveitar esta época para colaborar com nossa conta corrente. O Ciro concluiu a proposta de sites e serviços para os candidatos das eleições deste ano. Procuramos também ficar por dentro das leis eleitorais e fazer disso um diferencial para conseguirmos trabalho.

Nosso maior problema é quem irá à Câmara fazer a divulgação do serviço (lá está uma importantíssima parcela do público-alvo). Trabalhamos em período integral. Os conhecidos que temos ou não têm tempo livre, ou não saberiam conversar tecnicamente sobre a proposta, ou não teriam jogo de cintura para negociar. A vontade do empreendedor é de ir ele mesmo e fazer o negócio acontecer. Mas, se não conseguirmos o ótimo, teremos que ficar com o ‘bom’ mesmo e procurar alguém que possa realizar a venda para nós. Alguém se habilita aí?

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente o livro da Toyota é um case interessante. Parabéns pelo blog.

Carlos Ferrasa